sexta-feira, 25 de julho de 2014


Revista Visão GPS  Junho/2014  Edição nº04

Editorial

Nesta edição gostaríamos de agradecer ao apoio e a colaboração que temos recebido nos encontros de carros antigos e por onde distribuímos a revista. Todas as sugestões vem somar para que cada edição fique ainda mais interessante. Nas páginas a seguir você pode acompanhar um pouco do antigomobilismo que acontece na região.
Neste mês que dá início as férias escolares, abordamos um tema muito importante para quem utiliza motocicletas como meio de transporte, o CEROL que a garotada usa nas linhas, provocando sérios acidentes.
E para quem vai viajar a dica é: fazer uma revisão no carro verificando se todos os itens de segurança estão em ordem, principal-mente as ferramentas.

Boa leitura!



Meu carro...

``Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder. Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.
Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estacar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo, vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.
Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.
Ok. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.
Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Aliás, sei onde fica o giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.
Seu carro é um emérito desconhecido sem história ou currículo. Os meus têm 30 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.
Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?
Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles  quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passa, fazendo barulho e soltando fumaça.
Não há nada como um auto-móvel que faça alguém sorrir.´´

Esse texto declara nosso amor e
carinho por carros antigos
principalmente o Passat.
fonte blog: Passat Club Piracicaba S.P


ZÉ DA ÓTICA

O antigomobilismo na nossa região está de luto pelo falecimento do amigo Zé da Ótica.
Homem simples, de um carisma ímpar e sorriso largo, soube conquistar amigos ao longo de seus quase 80 anos.
Apaixonado por carros antigos foi um dos precursores desta paixão em nossa região, sendo também um dos fundadores do Clube dos Proprietários de Veículos Antigos de Jacareí, onde deu sua inestimável contribuição ao crescimento do clube e do antigomobilismo em Jacareí e cidades vizinhas.







Zé, sua imagem sempre 
estará viva em nossa memória.
Obrigado por tudo! 
Que Deus o receba de braços abertos!
Associados e amigos do CPVAJ


Quando uma brincadeira vira crime

 Férias o Perigo vem do Céu

















Nestas férias o perigo vem do Céu. O uso de um dispositivo aparador de linha é indispensável e deve ser anexado ao guidão da moto. O aparador deve ser fixado em pelo menos um dos lados do guidão. A altura deve ser regulada com a parte superior da cabeça do condutor sentado, evitando assim que o condutor ou passageiro sejam atingidos pela linha. Esta linha pode causar um corte profundo no pescoço,  e que muitas vezes mesmo sendo socorrido o condutor pode não resistir ao ferimento.

Antena contra cerol em motocicletas
O uso de cerol ou linha chilena nas pipas e papagaios são proibidos e prevêem uma pena de detenção de até seis anos para quem usar ou fabricar os produtos. O cerol é a mistura de cola com vidro moído ou limalha de ferro, enquanto a linha chilena é produzida a partir do quartzo moído e óxido de alumínio. Os dois produtos são utilizados com o intuito de cortar a linha e dominar as outras pipas, e tem causado acidentes com motociclistas e pedestres em todo o País.

Nestes tempos de férias escolares, todo cuidado do motociclista é pouco quando o assunto é pipas. Nesta época é comum grandes aglomerações de crianças que disputam o céu empinando pipas com linhas dotadas de cerol. O que parece ser uma inocente brincadeira de criança pode se tornar o resultado de um crime de morte.
Motociclista: utilize o aparador de linhas.
Seu pescoço agradece.

FHX

* PREVINE A CORROSÃO DO ARO DA RODA


"Mantém a integridade da parte interna do Pneu e Previne a corrosão do aro da Roda." "Aumenta a Segurança do Pneu, as fibras se inserem no furo consertando-o rapidamente"
Contém inibidores de corrosão que protegem o metal do aro e a haste da válvula contra a
oxidação. Mantém a integridade, reduzindo a ocorrência de vazamentos indesejados e, além
disso, mantém a pressão constante. Totalmente compatível com qualquer método de composição usando nos processos de recauchutamento. Quando um pneu recauchutado está rodando novamente, elimina a possibilidade de vazão de ar
quando furado.

* COMO O FHX SELADOR ANTIFURO É APLICADO?
O produto é injetado sem a necessidade de desmontar o Pneu. Um processo muito rápido e eficiente.
 O produto não interfere na efetividade do pneu. Este produto é a base de Água, não contém colas nem adesivos, portanto não prejudica a borracha do pneu.
Não é inflamável e nem explosivo.

Evento de Caçapava kustom Meeting

É um encontro anual na cidade de Caçapava SP, aberto à todos e com entrada franca.
O formato do encontro já existe desde 2008 e era realizado em Taubaté, cidade vizinha, mas só em Caçapava conseguiu o apoio necessário para se tornar um grande evento.
O Objetivo é reunir entusiastas e celebrar a Cultura de Customização de carros antigos e motos (Hot Rod, Rat Rod, Fifties, Gasser, HoodRide, Rat Look, Chopper, Bobber, Racecafé e etc) e também relembrar a cultura dos anos 50/60 através da música ao vivo e concurso de beleza feminina (Pin-up).
A Intenção é transformar o Vale do Paraíba SP referência no que diz respeito aos carros antigos e motos modificados e toda a cultura em torno destes assuntos (música, arte e comportamento).

Fusca Mina Paixão

Meu Volkswagen Sedan 1200 – ano 1962

Minha Joinha....

Corria o ano de 1.996 quando eu adquiri meu querido “ Meinha”, meu filho Gabriel, tinha acabado de completar 01 (um) ano de vida, e um mês depois meu besoutinho adentra a nossa família. Este carro segundo me disseram foi o prêmio de uma rifa da Padroeira de Lorena, Nossa Senhora da Piedade, no anos de 1962, naquele tempo o ganhador, já tinha comprado um outro Fusca, e acabou vendendo para o Sr. Raulino Cabral, dono de uma conhecida bicicletaria em Lorena, o veículo era mantido guardadinho num canto da loja, sempre coberto. Alguns anos depois ele faleceu e passou aos filhos, que venderam pra outra pessoa, e por ai foi até que um belo dia veio parar em minhas mãos.
Eu tenho todo os documentos dele até chegar pra mim e hoje não vendo por nada deste mundo, ele é mais do que parte de nossa família.
Este carro tem a pintura na cor TURQUESA, que é um verde bem clarinho, com o interior cinza e gelo, uma combinação clássica da época.
Tem um motor de 1200 cc e 36 hps de potência, sendo que a única mudança foi a atualização do sistema elétrico para 12 volts.
Fiz questão de retificar o motor mantendo tudo “stander”, e a colocação de alguns acessórios, mas com critérios que não prejudicasse a originalidade dele, como é o caso das rodas... hoje utilizo pneus radiais aro 15 medidas 155/60 – 15 KUMHO na dianteira e 175/65 – 15 PIRELLI P4 na traseira, montado em rodas de ferro replicas das famosas FUMAGALLI dos anos 60, que hoje são reproduzidas pela RODABRAS.
Com freqüência utilizo nos passeios e encontros de carros antigos aqui pelo nosso Vale do Paraíba, com os amigos do Fusca Clube de São José dos Campos, do Clube de Carros Antigos de Taubaté (CAAT), Clube dos Proprietários de Veículos Antigos de Jacareí (CPVAJ) , Amizade de Carros Antigos e Raridades de SJC (AMICAR) e Fusca Clube de Mogi das Cruzes.
Giancarlo Alves Faria

Ferrugem no Sangue

Fiat 147

Adquiri este Fiat em 2011, ele já era filé, assoalho, carpete, e forração do teto bancos, volante originais, mais o que me animou foi a lata do carro sem podre e sem massas, então comprei e desmontei o carro inteiro e vim fazendo tudo, motor, câmbio estofamento e desde então tenho este amarelinho como xodó de casa e só tiro da garagem para dar um rolé pela cidade e nos encontros. 

Glauco Silva

Desníveis no asfalto expõem ciclistas,
motociclistas e motoristas a riscos

Os motoristas que percorrem as vias Pedro Friggi e Tancredo Neves diariamente na Zona Leste de São José dos Campos, encontram problemas com as tampas de galerias abaixo do nível do asfalto. Esses buracos provocam problemas no alinhamento e balanceamento dos veículos. Para os motociclistas e ciclistas, as depressões podem provocar quedas e conseqüentemente ferimentos graves. Além disso as reações dos condutores frente aos obstáculos são as mais diversas. Não faltam manobras repentinas e freadas bruscas para evitar os solavancos provocados pelos buracos, tem muitos usuários reclamando dos motoristas que para desviar dos desníveis, quase se chocam com os carros da outra faixa.
A sugestão é para que façam a manutenção em toda a extensão das avenidas para que acabe este desconforto, para quem tem que utilizar as vias todos os dias.

Até que o Guincho nos separe

Veja abaixo 10 itens obrigatórios para os automóveis. Nesta edição
saiba como manter em dia e o valor da multa caso você seja flagrado
irregular sem as ferramentas obrigatórias.

Luzes
Freios de Estacionamento
FERRAMENTAS
Estepe
Espelhos
Buzina
Extintor de Incêndio
Limpador de Parabrisa
Cintos
Pneus em bom Estado

FERRAMENTAS

- É obrigatório andar com macaco, chave de roda e triângulo para sinalização. A falta de um desses itens resulta em infração gravíssima. A multa para quem roda com o carro
sem esses equipamentos é de R$ 191,54.

História do Automóvel no Brasil

A Nacionalização e formação de uma
Indústria Automobilística no Brasil

O primeiro grande impulso para a "Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil" foi com o então presidente Getúlio Vargas, a partir de um documento da Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Auto-móveis, estabelece que os veículos só poderiam entrar no Brasil totalmente desmontados, e sem componentes que já fossem fabricados por aqui. Aí chegamos ao Governo de Juscelino Kubitscheck, com a promessa de realizar “50 anos em 5", delega ao Almirante Lucio Martins Meira (nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas) a missão de comandar o "Grupo Executivo da Indústria Automobilística"(GEIA), que estabelece metas e regras para a definitiva "instalação de uma indústria automobilística no Brasil.
O Grupo Executivo da Indústria Automobilística – GEIA –foi criado pelo Decreto 39.412, de 16/06/1956. Esta data é considerada quase unanimemente como o 1º marco histórico da indústria automobilística no Brasil, porque o GEIA realmente viabilizou os esforços, os planos e as iniciativas referentes ao par-que automobilístico nacional.
Através do GEIA eram oferecidos estímulos fiscais e cambiais às empresas interessadas, que deveriam se comprometer com a nacionalização dos veículos aqui fabricados. Os caminhões deveriam ter 90% de seu peso total, em componentes nacionais, e os automóveis 95%. Em pouco tempo estas metas foram cumpridas e até superadas.
Na fase de implantação da indústria automobilística nacional, o GEIA recebeu mais de vinte projetos, dos quais apenas dezessete tiveram aprovação e somente doze foram concretizados:
- Fábrica Nacional de Motores F.N.M. (caminhões, ônibus e automóveis);
- Ford Motor do Brasil S/A (caminhões, automóveis, utilitários e tratores);
- General Motors do Brasil S/A (caminhões e automóveis);
- International Harvester S/A (caminhões);
- Mercedes Benz do Brasil S/A (caminhões e ônibus);
- Scania Vabis do Brasil (caminhões e ônibus);
- Simca do Brasil (automóveis e camionetas);
- Toyota do Brasil S/A (utilitários);
- Vemag S/A (automóveis, camionetas e utilitários);
- Volkswagen do Brasil S/A (camionetas, furgões e automóveis);
- Willys Overland do Brasil (utilitários, camionetas e automóveis);
- Karmann Ghia do Brasil (carrocerias de automóveis).

Chevrolet Belair 1957

Em meio a tantas inovações, o Chevrolet Belair 1957 tornou-se um dos ícones de uma era extravagante, exótica, escultural, assim de início a era dos “rabos de peixes” tão meramente parecidos com lindas espécies aquáticas, símbolos de uma era tão revolucionária da indústria de automóveis do final da década de 50. Assim estendendo suas semelhanças com aeronaves, produtos provindos de guerras, linhas semelhantes a foguetes, envolvendo todo um arsenal de beleza e requintes de luxo que parecem serem feitos artesanalmente por quem, com muita paciência, ilustrou as melhores linhas do pensamento e retratou nas latas da indústria automobilística, não tendo preocupações com exagero ou críticas...
Entretanto, atingindo valores cada vez mais estratosféricos, e disponibilidades cada vez menores tendo com o mundo inteiro candidato a comprador de algum dos pontuais exemplares sobre-viventes, o modelo 1957 está se tornando cada vez mais apenas uma figurinha em livro, gibis e desenhos animados, raro até mesmo em coleções de miniaturas, talvez possa parecer tão distante de um sonho, mas que aqui vos aproximo a mais concreta realidade de luxo e ostentação na década de 50, era possuir um exemplar deste chevrolet que foi apelidado de "orgulho americano" no pós guerra.
Possui motor 6cc funcionando como um relógio porém com uma outra opção de motor, o v8 é outra historia.
O carro apresenta-se por si só e acredite, você nunca mais vai deixar de ser notado abordo de um destes, uma vez um amigo me disse a célebre frase "depois de ter um desses você nunca mais vai ser o mesmo" e é um fato!
Não obstante, nos deixa (quando na prazerosa condição de motoristas) diante de um grande dilema: se devemos dirigi-lo olhando para a frente, ou com os olhos fixos no retrovisor interno, admirando incansavelmente a silhueta dos imensos rabos de peixe emoldurando as imagens que vão fluindo atrás de nós, em vultos coloridos em uma sensação única, que apenas você motorista consegue decifrar, desfrutar e relembrar para o resto de sua vida todos estes prazeres que lhe proporciona. Enfim não é por acaso que sua grade fora inspirada em um sorriso e seus célebres aviões no capô te trazem sensações ímpares dificilmente retratadas em palavras.

Texto: André Gasolina

Humor

• O gauchão vinha com seu opalão 79, incrementado e reluzente, na rodovia a mais de 150 km, quando atropela os cones do posto da polícia rodoviária e é parado imediatamente.
O guarda rodoviário está furioso:
- Bonito hein?
O gauchão se gaba:
- Bonito e possante seu guarda!
- O senhor é sempre assim engraçadinho?
- Não, só quando tomo umas.
- Ah é? E cadê o cinto de segurança?
- Está lá no porta-malas, amarrando os botijões de gás!
Cada vez mais irritado, o policial grita:
- Vou tirar já teus documentos!!
E o gaucho abre um largo sorriso:
- Valeu, seu guarda. Há cinco anos venho tentando e não consigo, tchê!